quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O primo

Um garoto muito mala vai passar uma semana na casa do seu primo. E nessa comédia com tons de suspense esse garoto do barulho vai aprontar mil confusões. Um curta-metragem de Leo Leite com Rodrigo Fernande e Clésio Leonardo.


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O diretor de fotografia na série créditos



mais informações: www.seriecreditos.blogspot.com
ou
www.cinemaonze.com

domingo, 6 de setembro de 2009

sábado, 15 de agosto de 2009

Produtores na série Créditos

Colocar as ideias cinematograficas geniais em ação, essa é uma das funções do produtor. Existe o produtor executivo, o diretor de produção e o platô. Para conhecer um pouco mais sobre essas profissões, tão importantes na sétima arte, Leo Leite recebe Isabella Cribari e Rutilio Oliveira para abrilhantar a série Créditos.
Esse programa foi exibido no Cinema 11 da TV Universitária de Recife, no dia 14 de agosto de 2009.


domingo, 9 de agosto de 2009

Roteiristas são destaque na série créditos

Na estreia da série Créditos, exibida no programa Cinema 11 da TV Universitária de Recife, Leo Leite fala sobre a funçãos dos roteiristas e sobre a elaboração de um roteiro para cinema. O programa também conta com a participação de Leo Falcão, cineasta e roteirista.
Para conhecer mais sobre os roteiristas, assista nossa série.
Esse programa foi exibido na sexta-feira, 7 de agosto de 2009.


sexta-feira, 19 de junho de 2009

A irmã

Uma tarde vazia. Dois irmão em casa sem ter o que fazer.... Porque não fazer um filme?
Assim nasceu A IRMÃ, um curta produzido e filmado em uma tarde ociosa de 2006. O filme conta a saga de dois irmãos que precisam de um infimo motivo para transformar uma briga em um verdadeiro desastre. A estetica do video é um inspirada no super 8, formato pouco ultilizado hoje em dia.
No elenco Leo Leite e Cris Leite. A direção é de Leo Leite.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Intervalo

E os Nerds são figura especiais aqui no blog mais uma vez. Um garoto Nerd se apaixona pela roqueira da sala e resolve se decalarar. Confiram...


terça-feira, 26 de maio de 2009

Tempos pós modernos

Mais um curta para comemorar o dia do orgulho Nerd, que foi nessa segunda-feira dia 25.
Esse curta foi selecionado para o festival do minuto de 2007.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nerd - o filme

Hoje é comemorado o dia do orgulho Nerd, por isso separamos pra você esse Curta metragem de animação 3D produzido por Alex Soares, Ítalo Cassini e Leonardo Vargas, profissionais formados em Ilustração e Animação Digital 3D pela Universidade Veiga de Almeida.


sábado, 23 de maio de 2009

Os filmes que não fiz

Hilariante filme de Gilberto Scarpa que conta a trajetória de todos os filmes que ele pensou em fazer, mas.... não fez.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O casamento de Rachel

Por Natali Assunção


O Casamento de Rachel (Rachel getting married)EUA/ 2008/ 114 minDireção: Jonathan Demme Roteiro: Jenny Lumet Elenco: Anne Hathaway, Rosemarie Dewitt, Mather Zickel, Debra Winger

Kim (Anne Hathaway – de O Diário da Princesa e O Diabo Veste Prada) é uma mulher viciada em drogas. Há dois anos atrás, esteve envolvida em um acidente de carro que resultou em uma morte. Além disso, passou nove meses internada em uma clínica de reabilitação. Ao receber alta, ela consegue voltar para casa justamente à tempo de encontrar toda uma preparação e agitação para o casamento da sua irmã mais velha, Rachel.
É nesse clima frenético de preparativos e novidades inesperadas que Kim tenta se readaptar à sua antiga vida, mas sem o auxílio das drogas e sabendo que todas as pessoas ao seu redor conhecem suas falhas, problemas e erros. Além disso, ela ainda precisa encarar os fantasmas que ainda à perseguem.
Problemas familiares, de relacionamento, de sentimentos de exclusão e até mesmo de culpa e de culpados vêm à tona, mas ao contrário do que se pode imaginar – ela, pelo menos – o seu comportamento atual e passado, além dos eventos ocorridos, não afetaram apenas Kim, mas também toda a sua família, então muitas questões inacabadas e – muitas vezes – intocadas vão ser levantadas pelos membros da família.
Uma das principais questões é o fato de Kim acreditar que absolutamente tudo está relacionado à ela. Essa “síndrome do centro das atenções” acaba desencadeando muitos problemas com sua irmã.
A câmera inquieta, um tanto nervosa e bastante movimentada (na mão, em boa parte do tempo) do diretor Jonathan Demme (O Silêncio dos Inocentes) dá a sensação de que o espectador também está de visita para aquela festa e que, por um momento, faz parte de tudo.
Para completar o carnaval, o casamento se trata de um corte-colagem de diversas culturas, com muitos saris, guitarristas, funk, reggae, e muito mais que ainda em cena, mas flui naturalmente.
É bem verdade que algumas cenas se tornam um pouco longas como aquela onde o próprio casamento do título é celebrado. Também é verdade que as histórias e os conflitos apresentados não são aprofundados, muito menos as “resoluções” encontradas, mas isso não prejudica a obra que consegue envolver e despertar no público um certo carinho por todos os envolvidos na trama. Outro ponto interessante do filme é a trilha sonora discreta e marcante.
Um bom filme.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Laços (Ties)

Uma garota corre em direção a algum lugar e é surpreendida por um jovem que tenta dá um nó em sua gravata. Assim ela tem uma grande surpresa. Esse curta é campeão do concurso Project: Direct. Um filme de Flávia Lacerda e roteiro de Adriana Falcão.



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domingo, 26 de abril de 2009

Blog do Cinema 11

Pra quem não conhece o Cinema 11 é um programa de cinema da TV Universitária (TV Pública ligada a Universidade Federal de Pernambuco). A novidade é que o programa agora tem um blog, onde os expectadores e os amantes da sétima arte vão poder conferir algumas reportagens, making of de filmes, a vida do mitos do cinema e alguns textos. E nesses dias, os produtores Jean Santos, Danielle França e Leo Leite estarão cobrindo o Cine-PE com atualizações diárias no blog e noticias na TV.
Não perca!


O endereço para quem quer acessar é: www.cinemaonze.blogspot.com





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sexta-feira, 24 de abril de 2009

A wolf loves pork

Surpreendente curta metragem em Stop motion criado por Takeuchi Taijin.



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quinta-feira, 23 de abril de 2009

O menino do pijama listrado

Por Natali Assunção

O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pijamas)
EUA / Reino Unido, 2008 - 95 min
Direção: Mark Herman
Roteiro: Mark Herman
Elenco: Asa Butterfield, Zac Mattoon O'Brien, Domonkos Németh, Henry Kingsmill, David Thewlis, Vera Farmiga, Jack Scanlon.


Adaptação do livro homônimo de John Boyne, O Menino do Pijama Listrado conta uma história de amizade e inocência. Bruno, um garoto de nove anos, filho de um oficial nazista, precisa deixar a sua casa em Berlim e se mudar com a família, composta por ele, pelo pai, pela mãe e por sua irmã por causa das atribuições e da promoção do patriarca da família.

A história se passa na Alemanha em plena Segunda Guerra Mundial e Bruno não faz idéia do que está acontecendo. Ele acompanha tudo com uma visão muito peculiar, atribuindo conceitos e teorias próprias para tudo que o cerca.

Ao se mudar, o garoto se vê longe dos amigos e sem muitas oportunidades de fazer novas amizades. Então os dias na nova casa são de puro tédio, principalmente porque ele está impossibilitado, ou melhor, proibido de fazer o que mais gosta: explorar. Até que decide sair escondido para conhecer melhor o lugar. Essa expedição o leva até a cerca de um campo de concentração. Lá, ele conhece um menino da idade dele, mas que está do outro lado da cerca. E é através desta cerca que os dois vão ficar amigos. Duas crianças sem muita idéia do que está acontecendo, mas que sofrem as conseqüências de tudo que as rodeiam. Duas crianças que, sem se importar com nada mais além da alegria de estarem juntas, vão se divertir e se doar como só dois amigos verdadeiros se doam.

O filme é sensível e extremamente contemplativo. A fotografia é muito boa e a trilha sonora é impecável. Além disso, Asa Butterfield (Bruno) é um fofo! Enquanto adaptação, O Menino do Pijama Listrado também foi feliz. A passagem para a tela grande não deixou nada no caminho. Algumas coisas foram suprimidas (como sempre é necessário) e alguns detalhes foram modificados (afinal de contas é uma adaptação, a visão de quem adapta também entra em cena), mas nenhum destes aspectos prejudicou o todo e, mesmo quem leu o livro, não sente falta de nada, embora o livro – como de costume – seja superior ao filme. Mas esse é um mal comum... Comparar o livro ao filme, uma batalha perdida.

Recomendo o filme e, principalmente, o livro – um dos melhores que li no ano passado.


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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Her Morning Elegance

Um cama pode se transformar em um mundo. É o que mostra esse curta metragem de 3 minutos e 36 feito em Stop Motion.

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domingo, 19 de abril de 2009

Gratte-Papier

Um metrô na França. Dois jovens que tem muito em comum. Lápis e papel.
Esse é um curta metragem de muito bom gosto que mostra uma forma inusitada de se comunicar e encontrar semelhanças.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Monstros vs. Alienigenas

Por Natali Assunção
Monstros vs. Alienígenas (Monsters vs. Aliens)
EUA/ 2009/ 94 min
Direção: Rob Letterman e Conrad Vernon
Roteiro: Rob Letterman e Conrad Vernon
Elenco: Reese Witherspoon, Seth Rogen, Hugh Laurie, Will Arnett, Kiefer Sutherland, Paul Rudd.

Animação no estilo 'para adultos-e-crianças' da DreamWorks funciona - e muito bem! Com personagens extremamente cativantes e diversas referências aos filmes de terror dos anos 50, Monstros vs. Alienígenas apresenta um enredo leve, engraçado, envolvente e bastante divertido.

Na trama, Susan Murphy é uma mulher comum prestes a se casar até que, após um evento inesperado, torna-se uma gigante! Ela, então, é levada a uma divisão secreta governamental onde outros monstros são mantidos em sigilo. Os monstros da história são: Elo Perdido, uma criatura meio peixe-meio macaco- meio homem, Bob, um ser descerebrado e gelatinoso, Insetossauro, um inseto gigante e, por fim, o Doutor Barata, um cientista extremamente inteligente que acabou se transformando em uma barata depois que um de seus experimentos deu errado.

Quando a Terra é ameaçada por um ataque alienígena, as autoridades do planeta contra-atacam utilizando suas armas secretas e inusitadas: os próprios monstros que, até então, eram mantidos isolados da população. Dá-se, então, início à ação do longa.

Todos os personagens são interessantes, mas o destaque mesmo vai para o presidente dos Estados Unidos, autor das melhores piadas do filme!

Embora o enredo seja previsível e nada inovador, Monstros vs. Alienígenas é, definitivamente uma boa pedida. Seja para ver sozinho (a) ou levando a criançada. Animação muito bem realizada, visual legal, com referências para os adultos, cores, ação e personagens divertidos, além de boa comédia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Isn't it time someone called cut?

A atriz Keira Knightley protagonizou uma campanha publicitária que denuncia a violência domestica contra a mulher. Assistam.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Big Brother Brasil 9

Por Leo Leite


É função de um blog que se chama Esfera Rádio e TV falar sobre a programação da televisão brasileira, seja ela cult, pop ou de elite. Por isso a pauta de hoje é a nona edição do Big Brother Brasil.

O programa foi lançado em 2002 na Rede Globo, a audiência foi espantosa, claro! Depois disso tiveram mais oito edições acompanhadas pelo Brasil inteiro. A produção sempre foi de primeira linha, provas criativas, novas regras e os erros que tanto divertiam nos sites de vídeos. Essa nona edição foi diferente, as provas perderam muito de seu ar de criatividade e as festas também. Ambas estavam mais relacionadas aos milhares de patrocinadores, que devem ter passado por uma seleção pesada para entrar ali. Cadê as provas inteligentes? As provas que seguravam a atenção do público? Deixou a desejar. Fato!

Já a edição de imagens e textos do programa é um show à parte. Imagine o tempo que essas pessoas levam para montar aqueles VT’s. Ta pensando que é muito? É nada! Tem que ir ao ar no mesmo dia. Por isso a primeira regra para uma produção dá certo é: organização. Não sei quanto eles ganham, mas devem ganhar bem. Merecem!

A casa também foi modificada durante os anos, isso o BBB9 acertou. Quarto de espelhos, bela decoração, bonita área externa (a grama não tava bem cuidada), e muitas cores, afinal é um programa de TV. O quarto branco foi um tanto cruel, até a galera dos direitos humanos entrou na estória. –Isso é um absurdo!

Ué, mas os “brotheres” já foram colocados em gaiolas, cubículos de vidro (Lembram da Juliana desmaiando em 2008?), de cabeça pra baixo, bolha de vidro e presos naquela própria casa com gente que não conhece. E ainda tem quem diz que é moleza.... Moleza nada, não é fácil conviver com pessoas diferentes, ainda mais sabendo que elas querem te passar a perna. Tudo bem, não existe vilão, não existe mocinho... e nessa edição (novidade) inventaram o perdão.

Há quem diga que o BBB é pra quem não tem o que fazer. Mas sem dúvida é um grande exercício de autoconhecimento pra quem ta lá, pra quem faz e pra quem assiste. Como disse Pedro Bial, o apresentador, os participantes não são meros personagens que podem ser divididos entre o bem e o mal, são pessoas reais, iguais a nós. Basta assistir um pouco e você vai, impreterivelmente, se ver ali. Seja na atitude egoísta de gastar todo o sabão em pó, seja na relação de amizade, na vontade de azarar nas festas, na discussão de relacionamento do casal ou nas brigas. Afinal, ninguém faz isso na vida real, não é? Conheço gente, que diz nem gostar, que chorou com a vovó Naná e com o reencontro de Francine com o pai. É natural, gente! É assim que se vive.

E os participantes dessa edição? Ou melhor, e o ganhador dessa edição? É um cara que não teve vergonha de dizer que é bom no que é bom, uma qualidade sempre tão desprezada por todos. As pessoas preferem a falsa modéstia, porque todo mundo gosta de reconhecer o que de pior há nas pessoas. Por tanto é feio reconhecer que fez algo bom! É isso? O “Brasil” provou o contrário... O Max pode ser arrogante, egoísta, fala besteiras, um cara que faz seu marketing pessoal mesmo, um cara que desagrada a quem não é o que ele é. Sim! Mas ganhou, levou o prêmio máximo. Enfim, mais um prego que se destaca que não foi martelado (mas que tentaram, tentaram)... Já chega dos “bonzinhos”, as vitimas ganharem sempre, deixa alguém de verdade ganhar também.

A Priscila, que também pode ser considerada ganhadora, é outra que distoa. A gostosona que aparentemente não tem nada na cabeça. Ela sabe ser realista, inteligente e gostosa ao mesmo tempo. O Bial perguntou: Você não ganhou um milhão, mas o que você leva? E ela disse na lata: a chance de posar nua!

Pois é, só nos resta aplaudir e aprender com a sinceridade dela e do Max, e deixar o preconceito de lado e tirar proveito até daquilo que parece tão inútil. Afinal, como eu não fiz nenhuma citação hoje: O senso comum é pra quem tem preguiça de pensar.





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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Je vous salue, Marie

Está chegando a pascoa, onde os cristão comemoram o nascimento de Cristo. Jean Luc Godard mostrou no longa Je vous salue, Marie uma visão contemporanea dessa estória. A estória mais contada dos ultimos 2000 anos. Por isso deixo aqui no Esfera um texto de Annie Goldmann com Tradução de Mário Laranjeira sobre essa produção polemica de 1985 com Juliette Binoche no elenco.

Je vous Salue Marie: um filme cheio de graça

Annie Goldmann
Tradução: Mário Laranjeira

O perfume de escândalo que cercou o lançamento do filme de Godard obscurecen o seu verdadeiro significado. Considerado sacrílego por alguns, incompreensível por outros, a polêmica ocultou a profunda espiritualidade, evidente, entretanto, desta obra. Como sempre, Godard surpreende ao mesmo tempo pela novidade de sua abordagem, pela forma original e pela audácia da mensagem.

Diante do mistério da natividade de Jesus, Godard simplesmente perguntou a si mesmo: como contar essa história em nossa modernidade? Como contar um acontecimento tão extraordinário que se deu a 2 mil anos e que é o fundamento de fé de milhões de indivíduos no mundo e, principalmente, como contá-lo em função dos modos modernos de comunicação?

Enquanto Pasolini, com O Evangelho segundo São Mateus, permanece no registro são-sulpiciano da reconstituição histórica e da mensagem tradicional cristã, Godard tenta dela fazer a narrativa como se estivesse se dirigindo a crianças da nossa época, habituadas com os heróis das séries televisionadas e com a leitura das histórias em quadrinhos. É por isso que transpõe o maravilhoso cristão para o mundo imaginário de hoje, mistura de Pieds Nickeles e de Star Trek. Em vez de um anjo do outro mundo, Gabriel é um homem comum, que viaja de avião; já não é só e seráfico, mas pragmático e acompanhado por uma garota maliciosa, como a heroína de Alice no País das Maravilhas; a estrela dos Reis Magos é substituída pela bandeirinha de um carro-socorro; Maria é filha de um frentista e membro de um time de basquete, e José é motorista de táxi... Gente simples, comum, exatamente como eram os pais de Jesus no tempo de Herodes. O lugar já não é o campo primitivo, mas a cidade com as suas atividades - o trabalho de José, as relações humanas, as relações difíceis entre os homens e as mulheres, uma cidade alheia aos mistérios da fé, onde Maria vai encontrar-se sozinha para enfrentar o seu destino em meio à indiferença e ao ceticismo que caracterizam o mundo moderno. Esta opção de atualizar o acontecimento tem por função recolocar a problemática da mensagem cristã no mundo de hoje e não mais relegá-la ao museu imobilizado da instituição religiosa; os cartões repetitivos e insistentes Naquele tempo servem para marcar, ao mesmo tempo, a intemporalidade e a contemporaneidade do acontecimento. Ao transportar rigorosamente a natividade para o mundo atual, Godard atualiza por isso mesmo a mensagem milenar e lhe confere perenidade.

Eis por que as duas personagens principais estão bem situadas em sua época e vivem os conflitos de um casal moderno: José tem um caso com outra mulher e Maria duvida do seu amor.

Entretanto, de acordo com a tradição, Maria é jovem, inocente e virgem. Diante da incapacidade da ciência para explicar a sua milagrosa fecundação, a moça vai aceitando pouco a pouco o inacreditável por caminhos outros que não os da razão. Como imaginar, em nossa época, semelhante acontecimento e como fazê-lo aceitar aos outros? A princípio há a expectativa: a jovem espera algo de extraordinário: "Indagava-me se algum fato notável ia acontecer na minha vida" pois, contrariamente aos homens, "todas as mulheres desejam alguma coisa que seja única neste mundo". Em seguida, após a Anunciação, ela vai aos poucos assumindo o seu destino e descobrindo uma outra dimensão na vida, uma dimensão secreta que não pode partilhar com ninguém, porque cada um deve fazer a sua própria descoberta da espiritualidade. "Quero que a alma seja corpo e não se poderá dizer que o corpo é alma (...) Não mais haverá sexualidade em mim, conhecerei o discurso verdadeiro da alma." Mas Maria é feita de carne humana, tem desejos de mulher e a castidade que se impõe lhe pesa. Nua na cama, vê-se a braços com o desejo, como todas as mulheres; e trava um combate desgastante contra a tentação; daí as alusões à masturbação recusada, que são talvez chocantes, mas que se inscrevem perfeitamente no projeto godardiano de tornar viva e credível a personagem. Tais tentações não empanam a espiritualidade de Maria, ao contrário, é pelo combate contra si mesma que atinge o mistério do espírito e se eleva em relação aos outros. Se tudo lhe fosse dado, se tudo lhe fosse fácil, o seu mérito seria menor. A sua ascese não está definitivamente adquirida, é o resultado de um esforço sobre a carne, sobre a vida cotidiana. Godard transgrediu a imagem tradicionalmente passiva de Maria, simples receptáculo da Palavra, simples instrumento da Divindade, para lhe dar uma consciência, uma elevação pessoal que a coloca acima de todos os outros. Ela adquire, enquanto mulher, uma verdadeira grandeza; ela é cheia de graça.

(...)

Leia aqui o texto na integra...

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sexta-feira, 13 de março de 2009

O espantalho

Um homem tem um pedido alcançado, mas acaba sendo vitima de um terrivél feitiço. O que o faz viver na amargura e solidão de ser um espantalho. Esse curta metragem em stop motion foi criado por Rodrigo Cypriano, para o projeto de conclusao de curso de design grafico 2008 na Univale.


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quinta-feira, 12 de março de 2009

Espanglês (Spanglish)

EUA / 2005
Duração: 131min.
Direção e Roteiro: James L. Brooks
Elenco: Adam Sandler, Téa Leoni, Paz Vega, Cloris Leachman, Shelbie Bruce, Sarah Steele, Ian Hyland.

Espanglês foi uma adorável surpresa. Sabe aquele filme que não chama muito a sua atenção durante a exibição de um trailer, mas quando você para conferir acaba tocado (a) de alguma forma? Pois bem, isso foi o que aconteceu comigo em relação à esse longa.
A história: Flor (Paz Vega de O Outro Lado da Cama) é uma mexicana que, após ser abandonada pelo marido com uma filha pequena para criar decide se mudar para os Estados Unidos para tentar dar uma guinada em sua vida.
Flor e sua filha, Cristina (Shelbie Bruce) chegam ao novo país sem falar uma palavra do idioma local. As duas acabam se instalando, com a ajuda de uma parenta, em um bairro completamente latino onde o espanhol basta.
Com o passar dos anos as duas acabam se adaptando, Cristina aprendeu inglês, embora sua mãe nunca tenha tentado. Mas quando Flor percebe que precisa passar mais tempo em casa ela decide procurar outro trabalho. É aí que ela realmente encara os Estados Unidos, quando consegue um emprego na casa da família americana Clasky encabeçada por Deborah (Téa Leoni) e John (Adam Sandler). Moram na casa, além do casal, a avó e mãe de Deborah (Cloris Leachman), a filha Bernie (Sarah Steele) e o filho caçula Georgie (Ian Hyland).
Diante disso, o que prometia ser apenas uma seqüência de situações cômicas decorrentes do problema de comunicação entre a família americana e a nova empregada, mostra-se muito mais do que o esperado.
O interessante é que essa premissa tão simples funciona como um pano de fundo para discussões maiores como o conflito entre culturas diferentes (que co-existem em larga escala nos EUA e em tantos outros países), os problemas entre pais e filhos que, não importa a cultura ou o país, existem sempre, de uma maneira ou de outra e ainda, a problemática do casamento.
A convivência entre esses dois mundos também causa conflitos relacionados aos princípios e a importância de protegê-los e de se manter fiel à suas crenças e a tudo aquilo que lhe é mais precioso, assim como seus filhos e a importância de educá-los da maneira correta, à sua maneira. Todas essas questões são abordadas de maneira leve, mas de forma inteligente e cativante.

Espanglês é um daqueles filmes com direito a piadas bobas e comédia pastelão, mas que consegue capturar a atenção do espectador, que faz com que você goste dos personagens e se envolva com o que se passa com eles. É divertido e consegue tratar temas relevantes, além de emocionar e fazer rir.

Natali Assunção é estudante do nono período de Rádio e TV na UFPE. No momento, estagia na TV Jornal e participa do quadro Cinema Total, toda quinta-feira, às 16h10min, no programa CBN Total, da rádio CBN. Ela também assina o blog www.doliquidificador.blogspot.com

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quarta-feira, 11 de março de 2009

Usar em caso de emergência

Um funcionário de uma universidade trabalha com locações de equipamentos de video. Com o passar do dia ele começa a perder a paciencia com alguns alunos chatos. O curta foi filmado e finalizado em apenas uma tarde, a direção é de , com produção de Ricardo Sigwalt e fotografia de Denis Arashiro.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sexta-feira 13

Por Natali Assunção

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th)
EUA, 2009 - 97 min
Direção: Marcus Nispel
Roteiro: Damian Shannon, Mark Swift, Mark Wheaton
Elenco: Jared Padalecki, Danielle Panabaker, Amanda Righetti, Travis Van Winkle, Aaron Yoo, Derek Mears, Jona
than Sadowski, Julianna Guill, Ben Feldman, Willa Ford



Sim, sou a única pessoa que ainda se empolga com esses filmes... Tinha visto o trailer na semana passada e, embora deteste remakes, me empolguei com a idéia deste aqui já que veio do mesmo diretor da refilmagem de O Massacre da Serra Elétrica, Marcus Nispel, que adorei! Pois bem, fui conferir.
Por incrível que pareça não consigo lembrar se já vi o primeiro e, se vi mesmo, faz muito tempo... Este segue a mesma linha de todos os outros filmes deste estilo. Não sei muito bem porque não achei esse tão legal já que é a mesma coisa de sempre... Vai ver estou cansanda, ou vai ver não estava com paciência.

Enfim, este Sexta-feira 13 é uma volta ao início da história. Originalmente, Jason não está em seu primeiro filme (de 1980) no qual os assassinatos são cometidos pela mãe dele. E a máscara de hockey tão conhecida só aparece no terceiro longa da série (1982). Aqui, apesar das referências ao início original, Jason já está em cena assim, com a famosa máscara!

A seqüência que antecede os créditos de abertura é muito boa! Mostra um grupo de jovens que decide acampar próximo nas mediações de Crystal Lake. Em seguida os espectadores são apresentados a um novo grupo que resolve passar uns dias nas mediações de Crystal Lake sem noção do perigo que estão correndo. Lá, conhecem um rapaz (Jared Padalecki, da série Gilmor Girls) que está procurando sua irmã desaparecida há alguns meses. Ele é o elo que conecta as duas histórias.

Assim como os demais longas da série, este é o pacote completo: todos os jovens esculturais sedentos por drogas e sexo estão presentes. Todas as situações improváveis e sem sentido, todos os sustos de orquestra, todos os personagens burros que não conseguem fazer nada direito estão lá! Além de tudo, tem Jason, o grandalhão mais onisciente, onipresente e poderoso de todos os tempos! Nem Deus conseguiria prever todos os passos dos jovens de Crystal Lake. E quer saber? É previsível, mas o público alvo adora justamente por isso.

Mas, ao contrário de seus filmes anteriores, Jason não é mais simplesmente um assassino munido de facão. Desta vez ele é um assassino sedento munido das mais variadas armas e armadilhas. Disso realmente não gostei muito, dessa coisa meio Jogos Mortais, armadilhas e mortes mirabolantes. Bom, ele nunca foi meu preferido, gosto muito de Michael Meyers, mas confesso ter sido influenciada por um amigo. Para falar a verdade sempre achei Sexta - feira 13 uma série meio nojenta.
Mas valeu! É sempre divertido ver essas coisas no cinema. Não adianta, pode ser ruim ou previsível, é sempre legal reviver esses filmes.
E quer saber? Logo logo está chegando o
remake de A Hora do Pesadelo, com Freddy Krueger. Odeio remakes, juro! Odeio mesmo, mas alguns despertam minha curiosidade, não posso negar!

Balanço Final? Para quem odeia o estilo, é melhor escolher outro filme porque este é mais do mesmo. Para quem gosta, um prato cheio.


Natali Assunção é estudante do nono período de Rádio e TV na UFPE. No momento, estagia na TV Jornal e participa do quadro Cinema Total, toda quinta-feira, às 16h10min, no programa CBN Total, da rádio CBN. Ela também assina o blog www.doliquidificador.blogspot.com


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quarta-feira, 4 de março de 2009

O jogo

Um mímico solitário se envolve em um jogo de cartas com ele mesmo. A direção é de César Raphael.

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segunda-feira, 2 de março de 2009

O M!mico

Animação feita em stop motion, conta a história de um mimico e sua musa. A direção é de Daniel Alfaya.


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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Modo Folia

Depois que o carnaval acaba realmente fica dificil retomar a rotina do trabalho. Mas o que se tem a fazer é desligar o modo folia, se conseguir... Esse curta fala disso, Leandro tenta mas nao consegue voltar 100% ao trabalho, depois do carnaval. A direção é Pedro Ciampolini.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vencedores do oscar 2009

Melhor filme: Quem quer ser um milionário?


Melhor diretor: Danny Boyle















Melhor ator: Sean Penn





















Melhor atriz: Kate Winslet





















Melhor ator coadjuvante: Heath Ladger













Melhor atriz coadjuvante: Penelope Cruz




















Melhor Longa de animação: Wall-E



















Melhor longa em lingua estrangeira: Departures



















Melhor Roteiro original: Milk

Melhor roteiro adaptado: Quem quer ser um milionário?

Melhor direção de arte: O curioso caso de Benjamin Button

Melhor fotografia: Quem quer ser um milionário?

Melhor mixagem de som: Quem quer ser um milionário?

Melhor edição de som: Batman o cavaleiro das trevas

Melhor trilha original: Quem quer ser um milionario?

Melhor canção original: Jai ho

Melhor figurino: A duquesa

Melhor doc de longa metragem: Man on wire

Melhor doc de curta metragem: Smile pinki

Melhor edição: Quem quer ser um milionário?

Melhor efeitos especiais: O curioso caso de Benjamin Button

Melhor maquiagem: O curioso caso de Benjamin Button

Melhor curta de animação: La maison en petits cubes

Melhor curta metragem: Spielzeugland

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Foi Apenas Um Sonho ( Revolutionary Road)

Por Natali Assunção

EUA / Reino unido / 2008 / 119min.
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Justin Haythe
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Kathy Bates

Após pouco mais de dez anos os protagonistas de Titanic, filme que mais arrecadou dinheiro até hoje em Hollywood voltaram a contracenar. O resultado é o mais recente filme de Sam Mendes (Beleza Americana), Foi Apenas Um Sonho, uma ótima maneira de repetir a dupla.
O longa é uma adaptação do livro de Richard Yates, que eu, infelizmente, não tive a oportunidade de ler, portanto nada de comparações. O longa nos apresenta a história de Frank (Leonardo Dicaprio – muito bom!) e April (Kate Winslet – ótima como sempre), desde o dia em que eles se conhecem, passando pelo ápice da paixão e do amor até os primeiros sinais de problemas.
A primeira fase do relacionamento é apresentada ao espectador de maneira não-linear através de seqüências que retratam os dois jovens se conhecendo, morando juntos e iniciando uma vida em comum. A partir de mais ou menos da metade do filme a história torna a ser narrada linearmente.
Frank e April são jovens promissores que se destacam dos demais moradores do subúrbio de Nova York, local onde os dois passam a morar no início da vida conjugal. Não apenas são vistos de maneira especial pelos vizinhos e companheiros de trabalho, como eles próprios se vêem desta forma. Por alguns anos levam uma vida pacata. Frank trabalha na empresa onde o seu pai trabalhou por anos, local que ele odeia, enquanto April se torna uma atriz frustrada que cuida da casa e dos filhos.
Esta rotina acaba trazendo complicações para os dois lados e quando tudo está prestes à ruir, os dois decidem dar uma guinada e resolvem se mudar para Paris em busca de novos ares. Lá, ela poderá trabalhar enquanto ele – finalmente- terá tempo para pensar, estudar e decidir o que realmente quer fazer da vida.
Apesar das expectativas, os planos nem sempre acontecem como planejado e o casal vai ter que enfrentar muitos contratempos até decidir que rumo seguir. Foi Apenas Um Sonho destrincha magistralmente os altos e baixos da vida de um casal em crise, o marasmo de uma existência conformada e, ainda assim, inquieta e o vazio de quem não se encaixa, não se identifica com a vida que tem, além de expor o conformismo e o medo que impedem que as pessoas se arrisquem.
Afinal o que é certo? Qual é o caminho correto? Quais são as etapas a seguir? O que é realmente seguro? Um emprego intragável? Uma viagem? Planos? Quem sabe? O filme provoca todos estes questionamentos e muitos outros de maneira exemplar através de um roteiro bem elaborado, uma trilha sonora marcante e envolvente e, também, da atuação de todo o elenco. Destaque para Kathy Bates no papel da corretora da vizinhança e seu filho, John (Michael Shannon), um ex-matemático que enfrenta um tratamento psicológico e que sofre as conseqüências de certos tratamentos mentais. John é o louco mais são do filme. É ele quem enxerga a verdade por trás das nuances e que não tem vergonha de vomitá-las na cara de quem estiver mais próximo. Sam Mendes também não tem medo de expor estas feridas para os seus espectadores, nem de cutucá-los com todas estas verdades.


Natali Assunção é estudante do nono período de Rádio e TV na UFPE. No momento, estagia na TV Jornal e participa do quadro Cinema Total, toda quinta-feira, às 16h10min, no programa CBN Total, da rádio CBN. Ela também assina o blog www.doliquidificador.blogspot.com.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dúvida (Doubt)

Por Leo Leite


Drama / 2008 / 104 min.
Direção: John Patrick Shanley
Roteiro: John Patrick Shanley
Com: Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams, Viola Davis, Lloyd Clay Brown, Joseph Foster, Bridget Megan Clark, Lydia Jordan, Paulie Litt, Matthew Marvin, Evan Lewis



Depois de ter sido indicada 15 vezes ao prêmio de melhor atriz no Oscar, não é se espantar que Meryl Streep esteja deslumbrante no filme do diretor John Patrick Shanley, Dúvida. A interpretação dela, como sempre, é viceral passando de uma emoção para outra belissimamente, como só a camaleoa do cinema, Meryl Streep, conseguiria. Nos primeiros minutos de filme o expectador já fica com medo daquela freira rígida, recordando os tempos de escola.

A história se passa dentro de um colégio religioso, onde Meryl Streep vive a irmã Aloysius, reitora do local. O olhar da freira deixaria até Miranda Priestly (O diabo veste Prada) com medo. O padre Flynn (Philip Seymour Hoffman) é o responsável pela paróquia, ele se dá muito bem com um aluno negro, único da instituição. Há também a irmã James (Amy Adams), professora dos jovens, que traz toda a ingenuidade e inocência do filme.

Quando a reitora toma conhecimento do protecionismo que o padre tem em relação ao menino negro, começa uma verdadeira caça as bruxas atrás do sacerdote, querendo provar que ele aliciou o menor. O filme é narrado com cenas longas e dramáticas, seguradas por uma boa direção, fotografia, mas muito mais pela interpretação dada aos personagens. Esses diálogos enormes é o que deixam as dúvidas nos expectadores. Muita coisa é dita de forma clara, e muita coisa é dita de forma abstrata ou hipotética. Será que o padre aliciou o jovem aluno? Será que tudo não está dentro da cabeça da freira? Não seria a intenção dela expulsar o garoto da escola? Muitos questionamentos surgem. Essa atuação de muitas emoções revela uma irmã Aloysius de carne osso, que pode chorar, ser dura, ser frágil, acertar e errar.

A fotografia do filme monta um clima claustrofóbico, a direção de arte é simples sem muito rebuscamento, definitivamente é a atuação que segura o filme do inicio ao fim.

Vejam o trailler desse longa.

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Leitor (The Reader)

Por Leo Leite

Direção: Stephen Daldry

Genero: Drama/Romance

Elenco: Ralph Fiennes, Kate Winslet, David Kross, Bruno Ganz, Lena Olin.

Mais um concorrente a melhor filme no Oscar 2009, além de concorrer o prêmio de melhor atriz para Kate Winslet.

No inicio um filme silencioso revelando os dois personagens principais: Hanna Schmitz (Kate Winslet) e Michael Berg (David Kross). Eles vivem na Alemanha dos anos 50 pós-segunda guerra.

O garoto que está andando na rua e não se sente bem, ao parar em uma viela para vomitar recebe a ajuda de uma mulher. Tempos depois da quarentena do jovem doente ele volta para agradecer a Hanna, a mulher que cuidou dele. A partir daí se desenvolve um romance entre os dois, mesmo com a diferença de idade. Esses personagens desenvolvem uma relação de confiança, convivência e troca. Enquanto ela o ensina as malicias da vida com uma mulher, ele, em troca, lê para ela. O filme vai se desenvolvendo de forma bem poética, e o sexo é passado de maneira pura e lírica.

A dama se apaixona não só pelo garoto, mas pelos livros clássicos da literatura alemã (e outras) que ele lê para ela, que é analfabeta. Com o tempo Hanna desaparece de sua vida e o reencontro ocorre oito anos depois, quando ele é um estudante universitário de direito e ela ré em um jugamento por ter cometido crimes de guerra contra judeus. Com vergonha de dizer que não sabe ler, a mulher aceita a condenação de uma prisão perpetua.

O filme é baseado na obra do escritor Bernhard Schlink, a direção é de Stephen Daldry, que também concorre como melhor diretor por esse longa. Ele dirigiu filmes como Billy Elliot e As horas.

Kate Winslet é uma grande concorrente ao prêmio de melhor atriz sem dúvida nenhuma, aliás a única dúvida que pode tirar a estatueta de Kate é A dúvida, filme onde Meryl Streep também está concorrendo na mesma categoria. A Hanna de Winslet passa uma sensibilidade, ingenuidade, experiência e poesia únicas, deixando o expectador angustiado durante todo o decorrer da história. A fotografia do filme também fala por si só diversas vezes, ajudando ainda mais a criar o clima dramático da situação. E nesse ponto também entra a direção de arte, que constituiu um ambiente fechado e convidativo onde ocorre o romance dos dois. Uma casinha modesta, alguns móveis em madeira rústica simples, uma banheira de porcelana e uma janela onde o sol entra.

Ta aí mais um filme que não vai sair na noite de 22 de fevereiro com as mãos abanando. O longa já está nos cinemas de todo Brasil, acompanhem o trailer.

E pra quem gosta de ler o livro antes de ver o filme, disponibilizamos aqui uma versão em espanhol para download.

Clique aqui


Leo Leite é estudante do curso de comunicação social com habilitação em Rádio e TV e é produtor e repórter do Cinema 11, programa de cinema da TV Universitária.


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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Melhor canção original (Oscar 2009)

Muitos filmes se eternizam por suas trilhas sonoras, ou alguma música que marcou. Por isso o Oscar não só premia a melhor trilha sonora original como a melhor música. Esse ano temos três concorrentes. Jai Ho (slumdog millionarie), O Saya (slumdog millionarie) e Down To Earth (Wall-e). estamos disponibilizando o clipe da três aqui no Esfera Rádio e TV.






sábado, 7 de fevereiro de 2009

Quem quer ser um milionário? (slumdog millionaire)

Por Leo Leite

Direção: Danny Boyle

Gênero: Drama

Duração: 120 min.

Elenco: Dev Patel, Anil Kapoor, Freida Pinto, Saurabh Shukla, Rajendranath Zutshi, Jeneva Talwar.

A corrida pelo Oscar já começou, e quem não quer levar o prêmio de melhor filme? Slumdog Millionaire é um forte concorrente nessa disputa, dirigido por Danny Boyle diretor de A praia e Alerta solar.

O filme narra a estória de Jamal Malik (Dev Patel) um garoto indiano de 18 anos que participa de um programa de TV de perguntas e respostas. Ao chegar quase na final do jogo ele é preso e torturado, suspeito de trapacear. Afinal como um menino que passou toda sua infância na favela poderia ter tais conhecimentos?

Durante seu interrogatório ele vai revelando fatos de sua vida que explicam como ele sabia as respostas, e como não sabia a resposta da ultima questão. Jamal sempre viveu com seu irmão Salim, se envolvendo com tráfico de drogas e perigosos traficantes. Nesse caminho ele conhece a menina Latika, por quem se apaixona. Esse amor (como todo romance, raras exceções) é impedido por diversos fatores, por isso o garoto quer participar do jogo, para que ela o veja na TV.

O roteiro é baseado na história de um indiano analfabeto que levou o prêmio de 20 milhões de rúpias no programa "Who Wants To Be A Millionaire?", chocando toda a população.

O roteiro do longa é bem construído, tem uma narrativa fragmentada com vários flashes de tempo. O que deixa o expectador dentro da cabeça de Jamal com suas angustias e suas lembranças. Assim vai se construindo uma interação que deixa a tenção do final cada vez mais forte.

O longa foi todo rodado na Índia, o que deixou o filme natural. A fotografia aposta em ângulos alternativos e diferentes, como planos desalinhados. A interpretação dos atores passa por diversos clichês durante todo o filme, mas nada que comprometa a beleza da trama. Mas o que realmente chama a atenção e deixa qualquer expectador de boca aberta é a edição, que se desenvolve no ritmo em que você pisca seus olhos. Era isso que toda edição tem a incumbência de fazer, para que as imagens não cansem e sim agradem. Cortes simples, intensos e que falam por si só.

A produção, de 15.000.000 de dólares, já levou quatro estatuetas no Globo de Ouro e está concorrendo a dez no Oscar 2009, sem dúvida não levará todas, mas também, não sairá de mãos vazias. E pra quem ficou com vontade de ver, o filme está previsto para estrear no Brasil no dia 06 de Março de 2009.


Leo Leite é estudante do quarto período de Rádio e TV na UFPE, já foi produtor do Opinião Pernambuco na TVU e hoje é produtor e repórter do Cinema 11, programa da mesma emissora.


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