quarta-feira, 8 de abril de 2009

Big Brother Brasil 9

Por Leo Leite


É função de um blog que se chama Esfera Rádio e TV falar sobre a programação da televisão brasileira, seja ela cult, pop ou de elite. Por isso a pauta de hoje é a nona edição do Big Brother Brasil.

O programa foi lançado em 2002 na Rede Globo, a audiência foi espantosa, claro! Depois disso tiveram mais oito edições acompanhadas pelo Brasil inteiro. A produção sempre foi de primeira linha, provas criativas, novas regras e os erros que tanto divertiam nos sites de vídeos. Essa nona edição foi diferente, as provas perderam muito de seu ar de criatividade e as festas também. Ambas estavam mais relacionadas aos milhares de patrocinadores, que devem ter passado por uma seleção pesada para entrar ali. Cadê as provas inteligentes? As provas que seguravam a atenção do público? Deixou a desejar. Fato!

Já a edição de imagens e textos do programa é um show à parte. Imagine o tempo que essas pessoas levam para montar aqueles VT’s. Ta pensando que é muito? É nada! Tem que ir ao ar no mesmo dia. Por isso a primeira regra para uma produção dá certo é: organização. Não sei quanto eles ganham, mas devem ganhar bem. Merecem!

A casa também foi modificada durante os anos, isso o BBB9 acertou. Quarto de espelhos, bela decoração, bonita área externa (a grama não tava bem cuidada), e muitas cores, afinal é um programa de TV. O quarto branco foi um tanto cruel, até a galera dos direitos humanos entrou na estória. –Isso é um absurdo!

Ué, mas os “brotheres” já foram colocados em gaiolas, cubículos de vidro (Lembram da Juliana desmaiando em 2008?), de cabeça pra baixo, bolha de vidro e presos naquela própria casa com gente que não conhece. E ainda tem quem diz que é moleza.... Moleza nada, não é fácil conviver com pessoas diferentes, ainda mais sabendo que elas querem te passar a perna. Tudo bem, não existe vilão, não existe mocinho... e nessa edição (novidade) inventaram o perdão.

Há quem diga que o BBB é pra quem não tem o que fazer. Mas sem dúvida é um grande exercício de autoconhecimento pra quem ta lá, pra quem faz e pra quem assiste. Como disse Pedro Bial, o apresentador, os participantes não são meros personagens que podem ser divididos entre o bem e o mal, são pessoas reais, iguais a nós. Basta assistir um pouco e você vai, impreterivelmente, se ver ali. Seja na atitude egoísta de gastar todo o sabão em pó, seja na relação de amizade, na vontade de azarar nas festas, na discussão de relacionamento do casal ou nas brigas. Afinal, ninguém faz isso na vida real, não é? Conheço gente, que diz nem gostar, que chorou com a vovó Naná e com o reencontro de Francine com o pai. É natural, gente! É assim que se vive.

E os participantes dessa edição? Ou melhor, e o ganhador dessa edição? É um cara que não teve vergonha de dizer que é bom no que é bom, uma qualidade sempre tão desprezada por todos. As pessoas preferem a falsa modéstia, porque todo mundo gosta de reconhecer o que de pior há nas pessoas. Por tanto é feio reconhecer que fez algo bom! É isso? O “Brasil” provou o contrário... O Max pode ser arrogante, egoísta, fala besteiras, um cara que faz seu marketing pessoal mesmo, um cara que desagrada a quem não é o que ele é. Sim! Mas ganhou, levou o prêmio máximo. Enfim, mais um prego que se destaca que não foi martelado (mas que tentaram, tentaram)... Já chega dos “bonzinhos”, as vitimas ganharem sempre, deixa alguém de verdade ganhar também.

A Priscila, que também pode ser considerada ganhadora, é outra que distoa. A gostosona que aparentemente não tem nada na cabeça. Ela sabe ser realista, inteligente e gostosa ao mesmo tempo. O Bial perguntou: Você não ganhou um milhão, mas o que você leva? E ela disse na lata: a chance de posar nua!

Pois é, só nos resta aplaudir e aprender com a sinceridade dela e do Max, e deixar o preconceito de lado e tirar proveito até daquilo que parece tão inútil. Afinal, como eu não fiz nenhuma citação hoje: O senso comum é pra quem tem preguiça de pensar.





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