segunda-feira, 27 de abril de 2009

Laços (Ties)

Uma garota corre em direção a algum lugar e é surpreendida por um jovem que tenta dá um nó em sua gravata. Assim ela tem uma grande surpresa. Esse curta é campeão do concurso Project: Direct. Um filme de Flávia Lacerda e roteiro de Adriana Falcão.



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domingo, 26 de abril de 2009

Blog do Cinema 11

Pra quem não conhece o Cinema 11 é um programa de cinema da TV Universitária (TV Pública ligada a Universidade Federal de Pernambuco). A novidade é que o programa agora tem um blog, onde os expectadores e os amantes da sétima arte vão poder conferir algumas reportagens, making of de filmes, a vida do mitos do cinema e alguns textos. E nesses dias, os produtores Jean Santos, Danielle França e Leo Leite estarão cobrindo o Cine-PE com atualizações diárias no blog e noticias na TV.
Não perca!


O endereço para quem quer acessar é: www.cinemaonze.blogspot.com





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sexta-feira, 24 de abril de 2009

A wolf loves pork

Surpreendente curta metragem em Stop motion criado por Takeuchi Taijin.



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quinta-feira, 23 de abril de 2009

O menino do pijama listrado

Por Natali Assunção

O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pijamas)
EUA / Reino Unido, 2008 - 95 min
Direção: Mark Herman
Roteiro: Mark Herman
Elenco: Asa Butterfield, Zac Mattoon O'Brien, Domonkos Németh, Henry Kingsmill, David Thewlis, Vera Farmiga, Jack Scanlon.


Adaptação do livro homônimo de John Boyne, O Menino do Pijama Listrado conta uma história de amizade e inocência. Bruno, um garoto de nove anos, filho de um oficial nazista, precisa deixar a sua casa em Berlim e se mudar com a família, composta por ele, pelo pai, pela mãe e por sua irmã por causa das atribuições e da promoção do patriarca da família.

A história se passa na Alemanha em plena Segunda Guerra Mundial e Bruno não faz idéia do que está acontecendo. Ele acompanha tudo com uma visão muito peculiar, atribuindo conceitos e teorias próprias para tudo que o cerca.

Ao se mudar, o garoto se vê longe dos amigos e sem muitas oportunidades de fazer novas amizades. Então os dias na nova casa são de puro tédio, principalmente porque ele está impossibilitado, ou melhor, proibido de fazer o que mais gosta: explorar. Até que decide sair escondido para conhecer melhor o lugar. Essa expedição o leva até a cerca de um campo de concentração. Lá, ele conhece um menino da idade dele, mas que está do outro lado da cerca. E é através desta cerca que os dois vão ficar amigos. Duas crianças sem muita idéia do que está acontecendo, mas que sofrem as conseqüências de tudo que as rodeiam. Duas crianças que, sem se importar com nada mais além da alegria de estarem juntas, vão se divertir e se doar como só dois amigos verdadeiros se doam.

O filme é sensível e extremamente contemplativo. A fotografia é muito boa e a trilha sonora é impecável. Além disso, Asa Butterfield (Bruno) é um fofo! Enquanto adaptação, O Menino do Pijama Listrado também foi feliz. A passagem para a tela grande não deixou nada no caminho. Algumas coisas foram suprimidas (como sempre é necessário) e alguns detalhes foram modificados (afinal de contas é uma adaptação, a visão de quem adapta também entra em cena), mas nenhum destes aspectos prejudicou o todo e, mesmo quem leu o livro, não sente falta de nada, embora o livro – como de costume – seja superior ao filme. Mas esse é um mal comum... Comparar o livro ao filme, uma batalha perdida.

Recomendo o filme e, principalmente, o livro – um dos melhores que li no ano passado.


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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Her Morning Elegance

Um cama pode se transformar em um mundo. É o que mostra esse curta metragem de 3 minutos e 36 feito em Stop Motion.

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domingo, 19 de abril de 2009

Gratte-Papier

Um metrô na França. Dois jovens que tem muito em comum. Lápis e papel.
Esse é um curta metragem de muito bom gosto que mostra uma forma inusitada de se comunicar e encontrar semelhanças.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Monstros vs. Alienigenas

Por Natali Assunção
Monstros vs. Alienígenas (Monsters vs. Aliens)
EUA/ 2009/ 94 min
Direção: Rob Letterman e Conrad Vernon
Roteiro: Rob Letterman e Conrad Vernon
Elenco: Reese Witherspoon, Seth Rogen, Hugh Laurie, Will Arnett, Kiefer Sutherland, Paul Rudd.

Animação no estilo 'para adultos-e-crianças' da DreamWorks funciona - e muito bem! Com personagens extremamente cativantes e diversas referências aos filmes de terror dos anos 50, Monstros vs. Alienígenas apresenta um enredo leve, engraçado, envolvente e bastante divertido.

Na trama, Susan Murphy é uma mulher comum prestes a se casar até que, após um evento inesperado, torna-se uma gigante! Ela, então, é levada a uma divisão secreta governamental onde outros monstros são mantidos em sigilo. Os monstros da história são: Elo Perdido, uma criatura meio peixe-meio macaco- meio homem, Bob, um ser descerebrado e gelatinoso, Insetossauro, um inseto gigante e, por fim, o Doutor Barata, um cientista extremamente inteligente que acabou se transformando em uma barata depois que um de seus experimentos deu errado.

Quando a Terra é ameaçada por um ataque alienígena, as autoridades do planeta contra-atacam utilizando suas armas secretas e inusitadas: os próprios monstros que, até então, eram mantidos isolados da população. Dá-se, então, início à ação do longa.

Todos os personagens são interessantes, mas o destaque mesmo vai para o presidente dos Estados Unidos, autor das melhores piadas do filme!

Embora o enredo seja previsível e nada inovador, Monstros vs. Alienígenas é, definitivamente uma boa pedida. Seja para ver sozinho (a) ou levando a criançada. Animação muito bem realizada, visual legal, com referências para os adultos, cores, ação e personagens divertidos, além de boa comédia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Isn't it time someone called cut?

A atriz Keira Knightley protagonizou uma campanha publicitária que denuncia a violência domestica contra a mulher. Assistam.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Big Brother Brasil 9

Por Leo Leite


É função de um blog que se chama Esfera Rádio e TV falar sobre a programação da televisão brasileira, seja ela cult, pop ou de elite. Por isso a pauta de hoje é a nona edição do Big Brother Brasil.

O programa foi lançado em 2002 na Rede Globo, a audiência foi espantosa, claro! Depois disso tiveram mais oito edições acompanhadas pelo Brasil inteiro. A produção sempre foi de primeira linha, provas criativas, novas regras e os erros que tanto divertiam nos sites de vídeos. Essa nona edição foi diferente, as provas perderam muito de seu ar de criatividade e as festas também. Ambas estavam mais relacionadas aos milhares de patrocinadores, que devem ter passado por uma seleção pesada para entrar ali. Cadê as provas inteligentes? As provas que seguravam a atenção do público? Deixou a desejar. Fato!

Já a edição de imagens e textos do programa é um show à parte. Imagine o tempo que essas pessoas levam para montar aqueles VT’s. Ta pensando que é muito? É nada! Tem que ir ao ar no mesmo dia. Por isso a primeira regra para uma produção dá certo é: organização. Não sei quanto eles ganham, mas devem ganhar bem. Merecem!

A casa também foi modificada durante os anos, isso o BBB9 acertou. Quarto de espelhos, bela decoração, bonita área externa (a grama não tava bem cuidada), e muitas cores, afinal é um programa de TV. O quarto branco foi um tanto cruel, até a galera dos direitos humanos entrou na estória. –Isso é um absurdo!

Ué, mas os “brotheres” já foram colocados em gaiolas, cubículos de vidro (Lembram da Juliana desmaiando em 2008?), de cabeça pra baixo, bolha de vidro e presos naquela própria casa com gente que não conhece. E ainda tem quem diz que é moleza.... Moleza nada, não é fácil conviver com pessoas diferentes, ainda mais sabendo que elas querem te passar a perna. Tudo bem, não existe vilão, não existe mocinho... e nessa edição (novidade) inventaram o perdão.

Há quem diga que o BBB é pra quem não tem o que fazer. Mas sem dúvida é um grande exercício de autoconhecimento pra quem ta lá, pra quem faz e pra quem assiste. Como disse Pedro Bial, o apresentador, os participantes não são meros personagens que podem ser divididos entre o bem e o mal, são pessoas reais, iguais a nós. Basta assistir um pouco e você vai, impreterivelmente, se ver ali. Seja na atitude egoísta de gastar todo o sabão em pó, seja na relação de amizade, na vontade de azarar nas festas, na discussão de relacionamento do casal ou nas brigas. Afinal, ninguém faz isso na vida real, não é? Conheço gente, que diz nem gostar, que chorou com a vovó Naná e com o reencontro de Francine com o pai. É natural, gente! É assim que se vive.

E os participantes dessa edição? Ou melhor, e o ganhador dessa edição? É um cara que não teve vergonha de dizer que é bom no que é bom, uma qualidade sempre tão desprezada por todos. As pessoas preferem a falsa modéstia, porque todo mundo gosta de reconhecer o que de pior há nas pessoas. Por tanto é feio reconhecer que fez algo bom! É isso? O “Brasil” provou o contrário... O Max pode ser arrogante, egoísta, fala besteiras, um cara que faz seu marketing pessoal mesmo, um cara que desagrada a quem não é o que ele é. Sim! Mas ganhou, levou o prêmio máximo. Enfim, mais um prego que se destaca que não foi martelado (mas que tentaram, tentaram)... Já chega dos “bonzinhos”, as vitimas ganharem sempre, deixa alguém de verdade ganhar também.

A Priscila, que também pode ser considerada ganhadora, é outra que distoa. A gostosona que aparentemente não tem nada na cabeça. Ela sabe ser realista, inteligente e gostosa ao mesmo tempo. O Bial perguntou: Você não ganhou um milhão, mas o que você leva? E ela disse na lata: a chance de posar nua!

Pois é, só nos resta aplaudir e aprender com a sinceridade dela e do Max, e deixar o preconceito de lado e tirar proveito até daquilo que parece tão inútil. Afinal, como eu não fiz nenhuma citação hoje: O senso comum é pra quem tem preguiça de pensar.





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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Je vous salue, Marie

Está chegando a pascoa, onde os cristão comemoram o nascimento de Cristo. Jean Luc Godard mostrou no longa Je vous salue, Marie uma visão contemporanea dessa estória. A estória mais contada dos ultimos 2000 anos. Por isso deixo aqui no Esfera um texto de Annie Goldmann com Tradução de Mário Laranjeira sobre essa produção polemica de 1985 com Juliette Binoche no elenco.

Je vous Salue Marie: um filme cheio de graça

Annie Goldmann
Tradução: Mário Laranjeira

O perfume de escândalo que cercou o lançamento do filme de Godard obscurecen o seu verdadeiro significado. Considerado sacrílego por alguns, incompreensível por outros, a polêmica ocultou a profunda espiritualidade, evidente, entretanto, desta obra. Como sempre, Godard surpreende ao mesmo tempo pela novidade de sua abordagem, pela forma original e pela audácia da mensagem.

Diante do mistério da natividade de Jesus, Godard simplesmente perguntou a si mesmo: como contar essa história em nossa modernidade? Como contar um acontecimento tão extraordinário que se deu a 2 mil anos e que é o fundamento de fé de milhões de indivíduos no mundo e, principalmente, como contá-lo em função dos modos modernos de comunicação?

Enquanto Pasolini, com O Evangelho segundo São Mateus, permanece no registro são-sulpiciano da reconstituição histórica e da mensagem tradicional cristã, Godard tenta dela fazer a narrativa como se estivesse se dirigindo a crianças da nossa época, habituadas com os heróis das séries televisionadas e com a leitura das histórias em quadrinhos. É por isso que transpõe o maravilhoso cristão para o mundo imaginário de hoje, mistura de Pieds Nickeles e de Star Trek. Em vez de um anjo do outro mundo, Gabriel é um homem comum, que viaja de avião; já não é só e seráfico, mas pragmático e acompanhado por uma garota maliciosa, como a heroína de Alice no País das Maravilhas; a estrela dos Reis Magos é substituída pela bandeirinha de um carro-socorro; Maria é filha de um frentista e membro de um time de basquete, e José é motorista de táxi... Gente simples, comum, exatamente como eram os pais de Jesus no tempo de Herodes. O lugar já não é o campo primitivo, mas a cidade com as suas atividades - o trabalho de José, as relações humanas, as relações difíceis entre os homens e as mulheres, uma cidade alheia aos mistérios da fé, onde Maria vai encontrar-se sozinha para enfrentar o seu destino em meio à indiferença e ao ceticismo que caracterizam o mundo moderno. Esta opção de atualizar o acontecimento tem por função recolocar a problemática da mensagem cristã no mundo de hoje e não mais relegá-la ao museu imobilizado da instituição religiosa; os cartões repetitivos e insistentes Naquele tempo servem para marcar, ao mesmo tempo, a intemporalidade e a contemporaneidade do acontecimento. Ao transportar rigorosamente a natividade para o mundo atual, Godard atualiza por isso mesmo a mensagem milenar e lhe confere perenidade.

Eis por que as duas personagens principais estão bem situadas em sua época e vivem os conflitos de um casal moderno: José tem um caso com outra mulher e Maria duvida do seu amor.

Entretanto, de acordo com a tradição, Maria é jovem, inocente e virgem. Diante da incapacidade da ciência para explicar a sua milagrosa fecundação, a moça vai aceitando pouco a pouco o inacreditável por caminhos outros que não os da razão. Como imaginar, em nossa época, semelhante acontecimento e como fazê-lo aceitar aos outros? A princípio há a expectativa: a jovem espera algo de extraordinário: "Indagava-me se algum fato notável ia acontecer na minha vida" pois, contrariamente aos homens, "todas as mulheres desejam alguma coisa que seja única neste mundo". Em seguida, após a Anunciação, ela vai aos poucos assumindo o seu destino e descobrindo uma outra dimensão na vida, uma dimensão secreta que não pode partilhar com ninguém, porque cada um deve fazer a sua própria descoberta da espiritualidade. "Quero que a alma seja corpo e não se poderá dizer que o corpo é alma (...) Não mais haverá sexualidade em mim, conhecerei o discurso verdadeiro da alma." Mas Maria é feita de carne humana, tem desejos de mulher e a castidade que se impõe lhe pesa. Nua na cama, vê-se a braços com o desejo, como todas as mulheres; e trava um combate desgastante contra a tentação; daí as alusões à masturbação recusada, que são talvez chocantes, mas que se inscrevem perfeitamente no projeto godardiano de tornar viva e credível a personagem. Tais tentações não empanam a espiritualidade de Maria, ao contrário, é pelo combate contra si mesma que atinge o mistério do espírito e se eleva em relação aos outros. Se tudo lhe fosse dado, se tudo lhe fosse fácil, o seu mérito seria menor. A sua ascese não está definitivamente adquirida, é o resultado de um esforço sobre a carne, sobre a vida cotidiana. Godard transgrediu a imagem tradicionalmente passiva de Maria, simples receptáculo da Palavra, simples instrumento da Divindade, para lhe dar uma consciência, uma elevação pessoal que a coloca acima de todos os outros. Ela adquire, enquanto mulher, uma verdadeira grandeza; ela é cheia de graça.

(...)

Leia aqui o texto na integra...

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