terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Nunca é tarde para amar

Por Natali Assunção

EUA / 2007 / 97min.
Direção/Roteiro: Amy Heckerling.
Elenco: Paul Rudd, Michelle Pfeiffer, Jon Lovitz.

Ok, mais um filme de locadora. Esse eu não decidi ver, estava na casa de uma amiga e não tive escolha. Na verdade, tinha ouvido falar muito mal dele, mas não imaginava que fosse tão ruim! Nem Michele Pfeiffer (primeira mulher gato do cinema), nem Paul Rudd (de As Patricinhas de Beverlly Hills e par romântico de Phoebe na série Friends) salvam essa “comédia romântica”.
O enredo: Rosie (Michelle Pfeiffer) é uma produtora de TV na casa dos 40 anos à frente de uma série que está declinando no que se refere à audiência. Para tentar reverter essa situação ela decide trazer um diferencial para a história, um alívio cômico. Após uma seleção sofrível ela encontra o que promete ser o mais novo nome da comédia americana: Adam, um aspirante a comediante de 29 anos.
De cara há química entre os dois que, em pouco tempo, se apaixonam. Paralelamente ao romance, há uma secretária disposta a tudo para separar o casal. Além, também, da filha de Rosie, personagem com as melhores tiradas do longa que está prestes a viver o primeiro amor, essa garotinha é único aspecto do filme que se salva, se é que se pode dizer tanto.
Outro problema que surge com o romance de Adam e Rosie é a diferença de idade entre os dois, fato que não preocupa de maneira alguma a personagem de Paul Rudd, mas parece não deixar ade Michelle Pfeiffer em paz. O problema é que mesmo essa diferença de idade não chega realmente a ser discutida ou mesma levada a sério.
Como todas as situações e personagens parecem uma grande piada fica difícil se prender ao filme. Para piorar tudo, a mãe natureza entra na trama (!). Ela começa narrando a história e acompanha todo o seu desenrolar como uma espécie de amiga imaginária da protagonista, com direito a conversas e reflexões entre as duas. Mas não, não faz o menor sentido e não tem explicação.
Nunca é Tarde Para Amar tenta discutir temas como a superficialidade do showbizz e tudo o mais que está relacionado a esse assunto, o amor entre pessoas de idades diferentes, a falsidade e a inveja, mas não chega nem perto de realmente discuti - los. O que acontece mesmo é uma compilação de piadas internas e também sem graça, nem consistência.

Nenhum comentário: